domingo, 17 de janeiro de 2010

Petisco


Antes que me apresente, deixe-me assim.

Convalesci no entretanto com alguma pena de hora-extra, confundindo a mentira da saudade.

Péssimos antecedentes indicam o presente promissor das unhas roídas na cara talhada de santo, um primor.

Penso como um trator ecológico saltando as minhocas dentro das formigas.

O dia do índio no calendário me irrita, rasgo aquela merda comendo tapioca ou não?

Meu maior desejo é descobrir como não engolir meu próprio cuspe depois de ejetar saliva.

O menor é não lamentar porra nenhuma.

- Prejuízo é um tesouro, meus bens mais preciosos!

- Então pegue mais e lembre-se: "Um dia tudo isso será teu."

Mas..do que eu estava mesmo a falar? Lembrei! Meu nome é Onofre, tenho 54 anos e trabalho com recursos humanos há vinte e seis.

Meus amigos me chamam de Cofrinho, nunca entendi bem porquê.
..

5 comentários:

  1. Nunca entendeu porque o chamam de Cofrinho? E eu que não entendi uma vírgula sequer lendo esse texto todo? Mas entendi tudo...

    ResponderExcluir
  2. Você é fenomenal Grazi! Voc^`e não imagina como precisava ler esse texto hojeEnviei algo para seu email.
    Regina

    ResponderExcluir
  3. cofrinho retendo saliva, calendários e entretantos... para nada!
    cuspi fresquinho no abuso de onofre. quem mandou enxergar sem óculos?

    ResponderExcluir
  4. Grazzi quase-nonsense
    nao pense e pesque...

    ResponderExcluir
  5. Cheguei aqui por mero instinto, li, entendi, e gozei!
    Foda-se quem vem fazer média e dizer que não entendeu, eu gostei pacas de conhecer o Cofrinho.

    ResponderExcluir